A Democracia Corintiana e os "meninos de 1988" (1981-1993)



 Zenon. Ex Jogador, contratado pessoalmente da Arábia Saudita para o Reforço do Corinthians em 1981.

No início de 1981, o presidente Vicente Matheus foi buscar pessoalmente na Arábia Saudita o meio-campo Zenon, que havia se destacado no Guarani Futebol Clube em temporadas anteriores e assumiria a camisa 10 do Corinthians, no lugar de Palhinha.Mas após não conseguir um bom desempenho no Campeonato Paulista daquele ano - que era classificatório para o Campeonato Brasileiro do ano seguinte -, o clube teve de jogar a Taça de Prata, espécie de "segunda divisão" do Campeonato Brasileiro, em 1982.

 


Os resultados ruins em campo levaram a mudanças na diretoria, com a saída de Vicente Matheus, e os jogadores passaram a ter papel ativo nas decisões do clube. Tudo era resolvido pelo voto, das contratações ao local de concentração. O período ficou marcado como a "Democracia corintiana". As mudanças surtiram efeito. Em 1982, quando liderados pelos ídolos Sócrates, Wladimir, Casagrande, Biro-Biro e Zenon, o clube conquistou o Campeonato Paulista em cima do São Paulo, que tentava o tricampeonato na competição. No ano seguinte, o Corinthians repetiria a final contra o rival e uma vez mais conquistaria o torneio.

Socrates um é Idolo da Torcida do Timão
          Em 1985, já sem Socrátes em seu plantel e com o fim da Democracia Corintiana, a nova diretoria corintiana apostou na consolidação de uma grande equipe, com as contratações de De León, que deixou o Grêmio como o jogador mais caro do futebol brasileiro até então, Serginho Chulapa e Dunga, que se somavam a reforços do ano anterior, como Carlos, Édson e Juninho, ontratados da Ponte Preta, quanto aos bem-estabelecidos Wladimir, Biro-Biro, Zenon e Casagrande. O grande time, porém, só ficou no "papel": no Campeonato Brasileiro, o Timão foi eliminado antes das semifinais, e no Campeonato Paulista, a equipe ficou apenas em quinto lugar.



            Nas duas temporadas seguintes, o clube renovou-se com um elenco com jogadores como o volante Wilson Mano, e o zagueiro Marcelo. Em 1988, com novos garotos da base corintiana, como o goleiro Ronaldo, o volante Márcio Bittencourt e o atacante Viola, o Corinthians voltaria a conquistar do Campeonato Paulista.

Depois de uma temporada em branco, o Corinthians conquistaria em 1990 um dos títulos mais importantes de sua história. Dirigida pelo técnico Nelsinho, a equipe faturou seu primeiro Campeonato Brasileiro. Depois de uma campanha regular na fase de classificação, o time do Parque São Jorge derrotou Atlético Mineiro e Bahia nas quartas e semifinais, respectivamente, e chegou pela segunda vez em sua história à decisão do nacional. O meio-campo Neto foi o grande destaque corintiano nestas partidas decisivas. Na decisão, o Corinthians enfrentaria o São Paulo, tido como favorito na decisão, em duas partidas no Estádio do Morumbi. No primeiro duelo, realizado no dia 9 de dezembro, o time do Parque São Jorge venceu por 1 a 0, com um gol do volante Wilson Carlos Mano. Na segunda partida, em 16 de dezembro, novamente prevaleceram o talento do meia Neto, a agilidade do goleiro Ronaldo e a raça dos volantes Márcio Bittencourt e Wilson Mano sobre o time de Zetti, Cafu, Leonardo, Raí e companhia. Diante de um público de mais de 100 mil pessoas no Morumbi, o atacante Tupãzinho tabelou com o atacante Fabinho e mandou a bola para as redes de Zetti, aos 9min do segundo tempo, de carrinho, em meio à gigante zaga são-paulina.


 Neto, um dos Grandes Idolos da Torcida Corinthiana, em Comemoração a mais um titulo pelo Corinthians.

Em 1990 o Corinthians sagrava-se campeão brasileiro pela primeira vez e ganhava o direito de disputar, pela segunda vez em sua história, a Taça Libertadores da América. Em 1991, o Corinthians não conseguiu repetir a temporada anterior. Apesar de iniciar a temporada com a conquista da Supercopa do Brasil, contra o Flamengo (campeão da Copa do Brasil de 1990), o time do Parque São Jorge fracassou na disputa dos títulos estadual, do nacional e do continental. No Paulista, o clube foi derrotado na final, diante do São Paulo. Na Libertadores, após uma campanha regular na fase de classificação, o clube caiu diante do Boca Juniors nas oitavas-de-final. No Brasileiro, o clube sequer chegou na fase semifinal, ficando em quinto lugar na classificação geral.] Ainda naquele ano, Vicente Mateus deixou a presidência corintiana. Sua esposa, Marlene Matheus, assumiu o clube e ficaria no cargo até 1993.

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